"de cima do ponto mais alto,
lanço meu assombroso brado,
e brado!!! ao cuchilar da cidade..."

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Canto cotidiano


Uma tarde infernal
No meu quartinho apertado
Apontado para o sol...
O ventilador na parede
Sopra o bafo de dragão
Água?
Não tem!
Faltou ou cortaram
Com os bolsos ao avesso
Sem grana
Sem desejo
Com contas a pagar...
E ainda me ponho a escrever
                          [Não para agradar
A descrever uma tarde infernal
No meu quartinho apertado
Apontado para o sol...
Ás 13:28
Sem beijo
Sem pão
Inspiração
Numa agonia
Decadente
Solidão...
Estou novamente em queda
Numa tarde infernal
No meu quartinho apertado
Apontado para o sol...
A TV
Uma desgraça
A programação
Uma trapaça
Tenho um tédio enorme da vida...
E os livros na estante a me desafiar
Que fazer?
Para onde viajar?
Com minha cabeça cozinhando
Meus pensamentos embaraçados
No meu quartinho apertado
Apontado para o sol...
Estou louco.

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