"de cima do ponto mais alto,
lanço meu assombroso brado,
e brado!!! ao cuchilar da cidade..."

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Perdas e Ganhos...



Perdeu o celular
Perdeu o dinheiro
Perdeu o ônibus
Perdeu o encontro
Perdeu o encanto
Perdeu a prova e quase perde o
emprego...
Entre as percas quas perde a
identidade
Perdeu o verso...
a palavra...
o respeito.
Sem perder a oportunidade de
experiênciar a vida
e o crescimento que os acertos e erros podem oferecer
encara o torto viver
e começa tudo outra vez.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Prisão sentimental...


Esquecer é doloroso
Necessário
E possível...
Essa superação vem com sentimento
De satisfação e felicidade
Eu venci!..                   
Renascido das cinzas
Dos escombros
Do buraco que você deixou na
Minha vida...
Sair desta prisão sentimental
É como acordar num belo dia
Nublado e cinza
Sentindo o cheirinho de terra molhada...
Fora da prisão que era você
Posso ouvir direito as cavalgadas
De pegasus
Prenunciando o choro dos céus
Que lavará meu corpo e minha
Alma...
Que fechará
As feridas que você deixou...
Me desapego de você meu bem
Agora tenho asas que me levarão alto
Que me levará longe...

Ah! como eu amei.


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Quero me descoisificar


Quero me descoisificar
Deixar o baseado queimar
Em minha boca...
Me desajustar
Me desprogramar
Numa manhã de domingo
Me banhar nas águas de  oxum
Sentir a brisa beijar meu rosto...
Quero me descoisificar
Descoisificar minha vida
Sair da lógica coisificante
Que me vende
Que me prende
Que me estupra
Quero me descoisificar
Sem perder a ternura
Ternura!
Ternura!
                        [merda!!! Já é segunda!!!

Complexo de mim mesma

Me vejo entre o tudo e o nada
Vezes sou forte, guerreira, ativa
Vezes de mim faço descaso, sou fraca.
Sinto as dores do mundo e sou tão fria...
Um exemplo a seguir,
Uma visão negativa do meu agir.
Sempre o ombro amigo a disponibilizar
E tom grave a construir, criticar, auto-criticar.
Sou doce e amarga.
Enfeitiço, encanto, alegro, saboreie, enveneno.
Pareço dura e sou carinhosa
Pareço bem carinhosa, e não quero grude!
Perseverante, pessimista.
Custo a dormir e durmo no meio do filme.
Brinco, brincas, compartilho, amo, amo, amo.
Estou sozinha, trancada, fechada, não me incomode, sangro, sangro, sangro.
Crio asas, planto os pés na terra.
Tude questão física: volume, pressão, temperatura, densidade, velocidade.
Vezes brilho, vezes apago.
Vezes sou destaque e vezes anonimato.                     
(de autoria da poetinha de Cruz das Almas, LEILA MARIA)

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Homem invisivel


Sinto uma de minhas crises
Se aproximar...
Um vinho vagabundo talvez possa
Conformar...
Minha cabeça dói
A ansiedade toma conta da
Sala vazia...
A solidão é sufocante...
Me afundo na melancolia
Não há espaço que lhe caiba...
Homem invisível começa a
Aparecer em palavras que se
Confundem
Apático
Triste...
Dia após dia...
Ele põem as armaduras
E luta
A onde vai?
A onde está indo homem invisível?
A onde está indo?..

Em queda...


Acometido pelas minhas crises
De solidão que me acompanham
Desde a sua partida
Do meu jeito ridículo de
Ser...                                     
Com minh´alma de palhaço que estraga tudo nos melhores momentos
Com a falta de carinhos
E de certezas
De que possível é a felicidade
De que a solidão é apenas
Uma passagem...
São tantos os caminhos incertos
E tortuosos
São tantas as marcas e feridas
Cicatrizadas
E são tantos os compromissos que não dão brecha pra eu ser...
Ó vida...traga-me o oxigênio novamente...                            

Uma segunda chance


Uma segunda chance
De poder rever os momentos
Felizes que tive
Cada lembrança traz consigo
O perfume de satisfação
Fecho os olhos...
Na inútil tentativa
De reviver os momentos
Que me tiraram o fôlego...
Da felicidade que outrora tive
Ó vida...
Ó eu...
Agora só desprezo angustia
E desencantamento
A faca saudade encravada em meu peito
Que sangra...
Que não para de chorar...
Uma segunda chance
De ser feliz
Mais uma vez

Dias estranhos


Dias estranhos
A solidão parceiro constante
A tristeza me cala...
As palavras vão cessando
O vigor se esvaindo
Dias estranhos
Nuvens cinzas tomam
Meu sol
Pessoas ficam estranhas
                  [o sábio vive nas entranhas
                     Protegido das ruas cheias de pessoas
Estranhas...
Dias estranhos
Estranha melancolia
Estranha tristeza
Estranha vida
Estranho fim
Desta poesia
          [estranhas...

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Noites Casakianas

Noites Casakianas
Ébrios pelos estribilhos do 
vilão
e vinho vagabundo
que lubrifica a garganta
que berra...
que canta...
que abre passagem
para idéias.
Nessas noites Casakianas
aos sábados
entre olhares..,
ao canto
entre a Legião Urbana
ao desencanto
entre os Titãs
ao berro de Raul
entre Secos e Molhados
Doces Bárbaros...
Com seus modernos casacos ventilados
feitos com idéias dos Engenheiros do Hawaii...
Noites Casakianas
pela preciosidade do Tempo Perdido
pela aventura de viver
pela necessidade de estar próximo
quebrando a rotina
se descoisificando
vivendo a vida               (aos amigos da banda Casaka Ventilada)
                                              valeu galera! sucesso...

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Um outro olhar...

Sob o efeito da mescalina vou no mais profundo caverna
do meu ser
A matéria bruta,fria e sem
vida
se desmancha em cores que se
movem...
dançam
Como num caleidoscópio mágico...
Essa sensível contemplação ativa
nesse vir a ser
resplandece mais vibrante ao 
nascer do terceiro sol...
lançando seus raios coloridos
que fazem germinar sementes de 
ervas misteriosas
Crescem dançando entre cogumelos
psicodélicos...
ao som de  
cáctos...
duendes arredios...
mangueiras entorpecidas
No ritmo de  minha imaginação
fértil
e criativa

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Amigo tempo

O tempo
na sua existência plena
            [Comparo as mudanças...
Divino tempo
histórico
Tenho liberdade de mudança?

Lindo tempo
de cada cultura...
pra cada tempo
de cada um
dos vários tempos...
Apreendo as mudanças
que me acompanham desde o 
começo
Amigo tempo
seja meu
tempo amigo
não me padronize
não me comercialize
não me escravize
não me devore
não me deixe sem tempo
Tempo meu
seja meu
Tempo amigo...

O mal estar agonizante e os risos das desgraças da vida

Decadência
           Decaindo
                      Decaído
                               caindo
O mal estar agonizante
No submundo depressivo
Preci                                   esquecido
        pí                                              desencantado
           cio da melancolia
Caindo
       Caindo
              Caindo
                       Caindo
                                   SPLESH!!!!


[aos urubus carniceiros
  os restos mortais...
   aos vermes
   restos de um corpo em decomposição
   só resta agora os risos das desgraças da vida.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

A morte do poeta


  I


O corte final
as últimas palavras
o frio na espinha
               [ o tempo que passava...
Velho amigo que se aproxima
a dor que lhe acompanha
a nostalgia que vagarosamente passa
O sol vai embora
a noite se aproxima
a última imagem da vida...
A beleza se desfaz 
se desfazem as memórias
                    [a vida que não deu certo...
[desfazendo]
                     o amor que não deu certo
                     os movimentos que não deram certo
As melhores lembranças
a última palavra
o fim.


    II


Passeio pelas lembranças que se
findam
numa morte simbólica
Resquícios da vitalidade da infância 
que persiste
Menino teimoso...
em busca do último oxigênio
agonizando...
aos pouco levantando...
De pé com seus desencantamentos
sobrevivendo em palavras e atitudes
que se configuram numa vontade de 
transformar...
mostrar a vida invertida
                 [ainda que não compreendido
Carregando suas dores
entre a vida e a morte
persistido.
       [sobrevivendo.




Escárnios a mim mesmo

          I


Escárnios a mim mesmo!                            
pela minha falta
pela minha bela capacidade
de estragar tudo nos melhores momentos
Escárnios a mim mesmo!
pelas palavras mau ditas
pelas ações antecipadas
por não agir na hora certa
pela minha indecência
pela minha timidez
Escárnios a mim mesmo!
pelas mágoas que causei
pelas feridas que deixei
pelo coração partido
Escárnios a mim mesmo!
por não ouvir teu grito
por se fazer desentendido
Escárnios a mim mesmo!
por ser tão estranho 
e tão ridículo
por não ter dito que te amo um milhão de vezes
por não te proteger aos prantos
e suplícios 
por ter te perdido.


                II
                          
Escárnios a mim mesmo!                  
por não ter sido idiota
por ter me culpado pelos erros
que não são meus
Escárnios a mim mesmo!
por ainda estar pensando em
você
por não ter dito o quanto é 
gorda e chata
por não ter te mandado ir 
se fuder!
Escárnios a mim mesmo!
por ter deixado ser pisado
por ter sido tua sombra
por me deixar ser assombrado por suas histerias
pelas tuas agonias
Escárnios a mim mesmo!
por não desligar o telefone
por meus sentimentos de culpa
por não ter transado com a outra direito
por ter me recriminado
por não ter traçado meu próprio 
caminho
Escárnios a mim mesmo!
por não bradar mais alto que seu tamanho
por não ser sabido do amor
desses que doe
Escárnios a mim mesmo!
por ter me esquecido
por não me amar
por ter me perdido.

Palavras...Poemas...

Cigarro e vinho
são os parceiros de solidão
e de letras
e palavras...
poemas...
que me acompanham desde o 
dia em que resolvi pensar
sozinho
palavras...
poemas...
São espelhos
refletem minha existência
minha aparência
meus dias de paz
de luta
e de ira!
Tais são as silabas que flutuam
em meus pensamentos
que me desafiam a mergulhar
nos meus olhos
para me descrever
e dizer sinceramente
o que ninguém já mais viu.

Mamãe eu quero ser poeta!! (aos ditos "vencedores")

- Mamãe eu quero ser poeta!!
gritou a voz do peito da criança
Em meio a tantos engravatados
e fardados
mecanizados
coisificados...
Falou alto a arte que flamejava
escondida ao peito
Entre os brutos e os ditos vencedores que
compõem o nosso lindo quadro social e que ainda
limpam o rabo com as palavras do poeta.
Antes de gritar suas receitas para o mundo
espero um dia que ouça a voz 
do teu cu letrado que 
grita entre merdas
- "Vencedor ! também pode ser poeta!!!