"de cima do ponto mais alto,
lanço meu assombroso brado,
e brado!!! ao cuchilar da cidade..."

terça-feira, 11 de outubro de 2011

A morte do poeta


  I


O corte final
as últimas palavras
o frio na espinha
               [ o tempo que passava...
Velho amigo que se aproxima
a dor que lhe acompanha
a nostalgia que vagarosamente passa
O sol vai embora
a noite se aproxima
a última imagem da vida...
A beleza se desfaz 
se desfazem as memórias
                    [a vida que não deu certo...
[desfazendo]
                     o amor que não deu certo
                     os movimentos que não deram certo
As melhores lembranças
a última palavra
o fim.


    II


Passeio pelas lembranças que se
findam
numa morte simbólica
Resquícios da vitalidade da infância 
que persiste
Menino teimoso...
em busca do último oxigênio
agonizando...
aos pouco levantando...
De pé com seus desencantamentos
sobrevivendo em palavras e atitudes
que se configuram numa vontade de 
transformar...
mostrar a vida invertida
                 [ainda que não compreendido
Carregando suas dores
entre a vida e a morte
persistido.
       [sobrevivendo.




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